Conforme
a reportagem anterior, algo de grave realmente está acontecendo em Campina da Lagoa.
A
partir das denuncias do munícipe que citamos na reportagem anterior, fomos conferir.
Após
conversas com vereadores, funcionários da saúde e algumas pesquisas no portal
de transparência, descobrimos o seguinte:
Quando
o atual prefeito assumiu havia um posto 24 horas aberto, com toda a estrutura
funcionando (e bem), além disso, o município mantinha o contrato 162/2014, no
valor de R$ 88.000,00, com o
hospital local para os seguintes atendimentos:
“Retaguarda hospitalar para o pronto
atendimento municipal, visando atender consulta com observação e/ou internação
24 hs ou mais, eletivas ou de urgência e emergência, referenciados pelos
serviços municipais de saúde para acolhimento e continuidade do tratamento;
internações hospitalares em clínica médica, ginecologia, obstetrícia, cirurgia
geral e pediatria que ultrapassarem o teto de AIH - Autorização de Internação
Hospitalar sus, referenciadas pelos serviços municipais de saúde, cirurgias
eletivas, bem como os exames laboratoriais e ultrassonografias e outros”.
O
município manteve o contrato até maio de 2017, aí começam as coisas estranhas:
O administrador fecha o posto 24 horas que
estava funcionando bem, e muda o contrato para, pelo que dá a entender,
beneficiar aliados políticos.
O
Hospital passa a atender além dos procedimentos que constavam do contrato
antigo, também plantões noturnos e finais de semana.
A
comunidade não entende o porquê de fechar
o posto 24 horas junto com a farmácia que também atendia em regime de plantão.
De
qualquer forma o contrato 87/2017, é firmado no valor de R$ 130.000,00.
Para
justificar o aumento de valor existe a alegação de que foram inseridos no
contrato os aludidos plantões.
De
acordo com informações, quando o contrato venceu, o contratado tentou de todas
as formas a renovação do mesmo, chegou a pedir um aumento de R$ 20.000,00, sem
sucesso.
Em
duas oportunidades o médico que respondia pelo contrato esteve no legislativo,
pedindo apoio dos vereadores para que este contrato subisse para R$ 150.000,00. Apesar do apoio de todo
o legislativo o mesmo não obteve êxito.
Aqui
fica fácil para qualquer munícipe entender as coisas estranhas que o cidadão
falou:
Dia 31/07/2018,
o administrador que não podia pagar R$
150.000,00 mensais para o hospital, firma um novo contrato com o mesmo
hospital, uma vez que muda o arrendatário, desta vez com um novo aliado
politico, e no valor de R$ 220.000,00,
mensais!!!
Ora,
mas se não podia pagar R$ 150.000,00,
mensais como agora pode pagar R$
220.000,00, mensais????
Isto
além de estranho é desumano, porque quanta gente ficou sem o atendimento 24
horas? Antes que alguém tente explicar o inexplicável, vale salientar que o
atendimento atual é só para “urgências e emergências”.
Enquanto
isso a pobre população sofre sem atendimentos que não são considerados urgência
ou emergência, além da falta de remédios na farmácia que só atende em horário
de expediente.
E os R$ 220.000,00, se vão todos os meses.
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