O
ex-presidente Jair Bolsonaro mais uma vez abriu o coração, e o temor. Em
entrevista ao podcast Inteligência Ltda., nesta segunda-feira (24), o
ex-presidente confessou um medo que o acompanha como uma sombra: morrer caso
seja preso.
Com o
Supremo Tribunal Federal analisando nesta terça (25) a denúncia que pode
transformá-lo em réu, junto a outros aliados, por uma suposta tentativa de
anular as eleições de 2022, Bolsonaro não esconde a apreensão.
“Não
tenho a menor dúvida de que em 30 dias, no máximo, me matam”, desabafou o
ex-presidente sobre possível prisão.
Essa não
é a primeira vez que ele levanta o tom dramático. No início do mês, no podcast
Flow, o ex-presidente disse que, se for preso, será envenenado. Lembrou a
facada que quase lhe tirou a vida e comparou-se a Trump.
Bolsonaro
se vê, agora, como um personagem incômodo no tabuleiro do poder.
Um
“estorvo”, como ele mesmo definiu.
Alguém
que, preso, poderia causar dor de cabeça mas, morto, talvez resolvesse o
problema de muitos. Pelo menos, essa é a narrativa que tenta plantar, entre
desabafos e alertas, diante do país que o elegeu e, depois, o viu partir para o
exílio político e judicial.
Resta
saber se o futuro vai confirmar suas palavras ou se elas ficarão no campo das
metáforas de um líder que teme não apenas as grades, mas o esquecimento.
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